16 de dezembro de 2008

Pesquisa avalia os melhores relatórios de sustentabilidade do Brasil

Semana passada estivemos no lançamento da pesquisa “Rumo à Credibilidade”, desenvolvido em conjunto pela Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável (FBDS) e pela SustainAbility. O objetivo do projeto foi analisar a qualidade dos relatórios de sustentabilidade e encorajar as empresas brasileiras a aprimorarem suas práticas de relato.

Bancos estudam ampliar o alcance dos Princípios do Equador

Nos dias 11 e 12 de dezembro participamos do evento Os Princípios do Equador – 5 Anos – Foco no Futuro, que foi promovido pelos bancos signatários desses Princípios. Pela primeira vez um evento dessa relevância ocorre no Brasil, justamente nesse momento em que o Banco Itaú preside o grupo das instituições financeiras signatárias dos Princípios do Equador (PE).

15 de dezembro de 2008

Enxofre no diesel: atraso na redução de poluentes compromete a saúde pública

Participamos no dia 9/12 do evento “Enxofre no diesel: debate com especialistas”, que foi promovido pelo Núcleo de Economia Socioambiental da USP juntamente com o Núcleo de Economia Agrícola e do Meio Ambiente da UNICAMP. Quais as causas e conseqüências da decisão tomada por Governo Federal, Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores - Anfavea e Petrobras de adiar por três anos o fornecimento de diesel limpo para todo o país? O que explica o adiamento na implantação de uma norma técnica tão importante para a saúde pública? Por que razão empresas tão eficientes, organizadas, inovadoras e abertas ao diálogo social não conseguiram organizar-se para responder à demanda pública? Essas questões foram debatidas pelos seguintes especialistas: Paulo Saldiva – prof. da Escola de Medicina da USP, José Eduardo Ismael Lutti - promotor de Justiça e Meio Ambiente do Ministério Público do Estado de S. Paulo, Henry Joseph Jr., presidente da Comissão de Energia e Meio Ambiente da Anfavea e Frederico Kremer - Diretoria de Abastecimento da Petrobras. O prof. Saldiva disse que falta incluir na pauta da política ambiental a qualidade do ar como tema de saúde pública. Ele destacou que há duas medidas mais relevantes para melhorar a qualidade do ar: interromper a queima de carvão e baixar o nível de enxofre do diesel. Ele chamou a atenção para o número de mortes por poluição na cidade de São Paulo: 12 a 14 pessoas por dia, sendo 40% a 45% decorrentes do diesel. Ismael Lutti – promotor do Ministério Público, afirmou que as partes envolvidas na questão do nível de enxofre no diesel estão descumprindo a Lei Federal 8723 de 1993 e a Resolução 315 de 2002 do Conama, que estabelecem os critérios, prazos e limites de emissão de poluentes para veículos novos. Ele acrescentou que o Termo de Ajustamento de Conduta – TAC, que foi acordado entre os agentes envolvidos no processo produtivo do diesel e dos veículos não os exime de crime ambiental. O promotor público acrescentou que a resolução do Conama não foi respeitada por falta de vontade desses agentes. Tentando justificar o descumprimento da legislação, Joseph da Anfavea disse que precisaria saber se haveria disponibilidade do combustível (diesel com menor nível de enxofre) no mercado para alterar a tecnologia dos motores. Por sua vez, Kremer afirmou que a Petrobras vem investindo em suas refinarias e que irá disponibilizar o diesel com menor teor de enxofre a partir de 1º. de janeiro de 2009, conforme estabelece a resolução do Conama. Ao final do evento, lamentavelmente, as questões propostas não foram suficientemente elucidadas. Prevaleceu o ponto de vista do representante do Ministério Público de que a resolução do Conama não foi cumprida por falta de vontade dos agentes envolvidos. Leia aqui a Resolução 315 do Conama. Leia aqui a Lei Federal 8723.

10 de dezembro de 2008

Bank of America vai deixar de operar com clientes do setor de carvão

Após organizações ambientalistas terem questionado o financiamento de extração de carvão nos Estados Unidos, o Bank of America acabou lançando sua mais nova política para esse setor de atividade. Por meio dessa política o banco compromete-se em financiar os setores de eficiência energética, energias renováveis e outras fontes de energia de baixa emissão de carbono. Paralelamente, o banco anunciou que somente irá financiar clientes do setor, cujo método de extração do carvão é de superfície, deixando de operar com aqueles que utilizam métodos mais agressivos ao meio ambiente. Reconhecendo que os combustíveis fósseis, incluindo o carvão, ainda continuarão fontes relevantes de geração de energia no mundo, agravando as mudanças do clima, o Bank of America também anunciou que irá promover pesquisas para viabilizar em escala global a captura e o armazenamento do carbono no subsolo do planeta. Nessa direção o banco estabeleceu uma parceira com o Harvard University Center for the Environment. Consideramos essa nova política do Bank of America mais uma iniciativa do setor financeiro no sentido de avaliar os riscos e oportunidades associados às mudanças climáticas. Ela ocorre logo em seguida do lançamento do Climate Principles, que comentamos no post do dia 4/12. Leia aqui a Política do Setor de Carvão. Leia aqui a parceira do Bank of America com a Harvard University Center for the Environment.

4 de dezembro de 2008

Instituições financeiras lançam diretrizes para mudanças climáticas

Cinco instituições financeiras internacionais, Crédit Agricole, HSBC, Munich Re, Standard Chartered e Swiss Re, acabam de lançar o The Climate Principles (Princípios Climáticos). Esses Princípios são um conjunto de diretrizes voluntárias para orientar o setor financeiro na gestão das mudanças climáticas nas seguintes áreas de negócios: administração de recursos, análise de investimento, varejo, seguros e resseguros, atacado, mercado de capitais e financiamento de projetos. Entre os compromissos assumidos pelas instituições que aderem aos Princípios Climáticos, destacamos o de considerar nas decisões de negócios os riscos e as oportunidades associadas às mudanças do clima e desenvolver produtos e serviços aos seus clientes com foco climático. Tudo indica que as instituições, desde agora, se comprometem a fazer com que os Princípios venham a resultar em políticas consistentes de mudanças climáticas e energia. Nesse momento da crise financeira, o lançamento dos Princípios Climáticos contraria a opinião de alguns que colocam em dúvida a continuidade dos investimentos para combater as mudanças climáticas. Consideramos oportuno que as instituições financeiras brasileiras avaliem a adesão a esses Princípios. Saiba mais sobre os Princípios Climáticos aqui. Também sobre o impacto das mudanças climáticas no setor financeiro, leia aqui sobre a iniciativa The Carbon Principles.